terça-feira, 12 de maio de 2015

Reportagens

Algumas reportagens sobre a atual educação no Brasil e no Mundo, para o interesse de nós, professores e professores em formação. É fundamental conhecermos outras perspectivas pedagógicas e filtrarmos aquilo que devemos aplicar no dia a dia e também em nosso cotidiano.


REPORTAGENS


FINLÂNDIA SERÁ O PRIMEIRO PAÍS DO MUNDO A ADOTAR TRANSDISCIPLINARIDADE EM TODAS AS EScolas







Atualização: O título original deste artigo era “Finlândia será o primeiro país do mundo a abolir a divisão do conteúdo escolar em matérias”. O título e alguns trechos do artigo foram alterados após autoridades educacionais finlandesas se manifestarem afirmando que algumas informações divulgadas na matéria original do The Independent, nas quais este texto foi baseado, estão equivocadas. Até este momento, o The Independent continua mantendo a sua versão inicial, mas o Rescola optou por se ater às informações confirmadas 
pelo Finnish National Board of Education
. Além disso, publicamos um artigo de Pasi Sahlberg, um dos maiores especialistas mundiais em reforma educacional, esclarecendo os pontos controversos e trazendo maiores informações. (28.03.2015)

A campainha toca, mas, em vez da aula de História, começa a aula de “Primeira Guerra Mundial”,  planejada em conjunto pelos professores especialistas em História, Geografia, Línguas Estrangeiras e 
(por que não?) pelo professor de Física que achou que seria uma boa oportunidade para trabalhar os conceitos de Balística.À tarde, outro sinal, mas os alunos não vão ter aula de Biologia. Hoje a aula é sobre “Ecossistema Polar Ártico”, ministrada pelos professores especializados em Biologia, Química, 
Geografia e o de Matemática, que percebeu que os dados sobre o derretimento das geleiras seriam úteis para o estudo de Estatística.
Em pouco tempo, cenários como esse, que já são comuns nas principais escolas da capital Helsinki, poderão ser encontrados em toda a rede de ensino do município e nas cidades do interior. O objetivo é claro:
A Finlândia quer ser o primeiro país do mundo a adotar em todas as suas escolas o ensino por “Tópicos” multidisciplinares (ou “Fenômenos”, conforme a terminologia adotada pelos educadores finlandeses).
Há anos, a educação finlandesa vem sendo considerada a melhor do mundo. Com “segredos” como valorização dos professores, atenção especial aos alunos com mais dificuldades, valorização das artes 
e de diferentes formas de aprendizagem e uma radical redução no número de provas e testes, o país tem consistentemente dividido as mais altas posições nos 
rankings do PISA (Programme for International Student Assessment, ou Programa para Avaliação Internacional de Estudantes) com Cingapura, mas com as vantagens de oferecer uma educação universalmente gratuita e livre dos tremendos níveis de estresse aos quais os estudantes asiáticos são submetidos. Apesar dos excelentes resultados (ou talvez por causa deles), a Finlândia pretende continuar repensando e aprimorando seu sistema educacional. “Não é apenas Helsinki, mas toda a Finlândia que irá 
abraçar a mudança”
, afirma Marjo Kyllonen, gerente educacional de Helsinki. “Nós realmente precisamos repensar a educação e reprojetar nosso sistema, para que ele prepare nossas crianças para o futuro com as competências que são necessárias para o hoje e o amanhã. Nós ainda temos escolas ensinando à moda antiga, que foi proveitosa no início dos anos 1900 – mas as necessidades não são mais as mesmas e nós precisamos de algo adequado ao Século 21.”
Naturalmente, a ideia de substituir “Matérias” por “Fenômenos” como forma de dividir o conteúdo escolar e apresentá-lo aos alunos sofreu resistência inicial, principalmente dos professores e diretores que passaram suas vidas se especializando e se preparando para ensinar matérias. Mas com suporte do 
governo – inclusive incentivos financeiros através de bonificações para os professores que aderissem ao método – os professores foram gradualmente se envolvendo e hoje aproximadamente 70% dos professores das escolas de ensino médio da capital já estão treinados e adotando essa nova abordagem.
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Educação na Alemanha


Na Alemanha cada estado tem o direito de criar sua própria estrutura educacional; como o país conta com 16 regiões estatais, pode-se afirmar que os modelos de educação vigentes entre os alemães são bem diversificados. Alguns pontos, porém, são consensuais, como o início compulsório das aulas a partir dos 6 anos de idade em todo o território alemão.
O jardim de infância, embora não seja obrigatório, é assegurado a todas as crianças que tenham no mínimo 3 anos de idade. Geralmente os familiares financiam este estágio educacional, sempre conforme seus recursos financeiros; não importa se a escola é pública ou particular, é exigido o pagamento da pré-escola.
Algumas destas instituições são preservadas por templos religiosos e/ou empresas privadas; nos pequenos municípios elas revelam uma forte ascendência sobre a população. A procura dos jardins de infância é tão alta que os governantes geralmente pedem às famílias que, alguns meses antes do início das aulas, elas já empreendam a busca de uma vaga.


Em recentes pesquisas realizadas pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, o valor pago pelos pais nos jardins de infância soma o dobro da média despendida pelos outros países membros desta instituição. Enquanto isso, o pagamento semestral nas universidades e outros gastos dos alunos nas escolas de nível superior totalizam menos da metade das estatísticas médias captadas nesta investigação comparativa.
Em algumas partes da Alemanha é possível encontrar cursos preparatórios de um ano de duração para o ingresso no estágio fundamental, os quais oferecem atividades lúdicas às crianças, uma forma de ampliar seu domínio do idioma alemão. A educação fundamental é pública, não paga e leva de quatro a seis anos para ser concluída, conforme o Estado em questão.
No final do ensino fundamental os alunos são guiados em suas escolhas e direcionados à etapa secundária. Cabe aos mestres e pais optarem pela melhor instituição a ser cursada pelos alunos, de acordo com sua performance no estágio anterior. Esta decisão não é irredutível, pois pode ser revista posteriormente. Há três modelos de ensino secundário: Hauptschule, Realschule e Gymnasium.
No primeiro os estudantes adquirem uma educação básica que geralmente se estende de cinco a seis anos. Logo depois eles já estão preparados para cursar uma instituição profissionalizante que forme trabalhadores para atuarem no setor industrial ou em atividades agrícolas.
A Realschule segue o mesmo padrão do modelo anterior, mas se distingue ao oferecer ao aluno os recursos necessários para que ele siga etapas mais avançadas em escolas profissionalizantes; sua duração é em média de seis anos. O Gymnasium, por sua vez, propicia aos jovens uma educação mais profunda e um tempo maior de estudos, nove anos.
Ao terminar esta etapa o estudante conquista o certificado conhecido como Abitur, semelhante ao nosso Vestibular, e está pronto para cursar uma Universidade, conforme as notas adquiridas ao longo do ensino médio. Aliás, o sistema de notas na Alemanha é bem distinto, oscilando entre 1, a nota mais alta, e 6.
Há vinte anos a educação na Alemanha vem entrando em decadência em relação às outras nações que compõem a OCDE; é um sistema que está à beira da falência. Por três anos consecutivos o sistema educacional alemão obteve baixas cotações; as principais causas deste problema são os péssimos investimentos, os mecanismos antiquados e o pequeno índice de estudantes que se graduam nas Universidades.
Fonte:
http://www.conteudoescola.com.br/site/content/view/170/25/
Arquivado em: AlemanhaEducação
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